Quem Luta Não está Sozinha/o, essa greve eu apoio!
Professores/as decidem manter e aprofundar a greve!
Em assembleia
geral realizada no dia 22/05 – terça-feira, os/as mais de 400 professores/as
decidiram por manter a greve. Essa decisão dos/as proferrores/as da UnB se soma
a de docentes de mais 44 universidades em todo o país. Para o Comando
Nacional de Greve do ANDES-SN, a força dos primeiros dias de paralisação
“demonstra de forma contundente e inequívoca a indignação que tomou conta da
categoria depois tantas tentativas de negociação com o governo sem resultados
concretos. A precarização das condições de trabalho nas instituições federais
de ensino vem se agravando dia a dia com falta de professores, de salas de
aula, de laboratórios e até mesmo materiais básicos para funcionamento”. Durante
a assembleia na UnB o clima foi de intensificar o processo de mobilização e
partir para a elaboração de um calendário permanente de atividades da greve.
Entenda um pouco mais de onde vem essa greve!
Em 2011, no
ano passado, após a forte greve da FASUBRA que durou mais de 100 dias, o
ANDES-SN fechou um acordo com o governo federal que incluía reestruturação da
carreira docente, valorização do piso e incorporação das gratificações, o que
ficou chamado de “Acordo 04/2011”. Como explicitava a ‘cláusula III’ do acordo, “a
representação governamental adotará as providências necessárias para que os
efeitos financeiros das medidas previstas nesta cláusula sejam implementados em
março de 2012”. Já estamos em maio e o acordo foi descumprido.
Diante da ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a
Medida Provisória 568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado
(reajuste de 4%) e mais uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer
contempla a principal reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente.
Há, no entanto, um elemento extremamente
potencializador das revoltas entre os docentes e técnico-administrativos, que
não se traduz exatamente por essas reivindicações. Nos últimos anos,
acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades,
e é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão
desordenado e sem recursos promovidos pelo governo federal através do REUNI.
E o/a
Estudante, o que faz?
Diante de tudo
isso, em inúmeras universidades e cursos as/os estudantes estão declarando seu
apoio à greve. Antes de qualquer coisa, estão sendo chamadas assembleias gerais
e assembleias de curso para discutir democraticamente os motivos dessa greve e
qual deve ser o posicionamento do movimento estudantil. Entendemos que esse é o
movimento mais natural a ser tomado pelas gestões de DCE e CAs. Na UnB já
ocorreram assembleias de cursos, como a da comunicação, arquitetura, turismo
que já declararam apoio à greve, e outras já estão marcadas, como a de
estudantes de Letras, Serviço Social, Filosofia e Educação Física. Até o
final dessa terça-feira o DCE ainda não tinha resolvido convocar uma assembleia
geral de estudantes.
Ô DCE preste atenção é pela base que se faz
uma gestão!
Durante o horário
de almoço desta terça-feira foi convocada uma reunião entre os CAs e coletivos
de esquerda do movimento estudantil que não concordavam com a postura de atacar
a greve docente, como fez o DCE na sua nota sobre a greve. Dessa reunião foi
encaminhada que faríamos um abaixo-assinado entre os CAs exigindo do DCE a
convocatória de uma assembleia para ainda essa semana. Também deliberamos por,
se no movimento de o DCE se negar a chamar essa assembleia, esse abaixo
assinado já serviria como uma autoconvocação do CEB. Para isso nós da oposição
teríamos de recolher 21 assinaturas. Ao final conseguimos 31 assinaturas de CAs
pedindo uma assembleia. Ao final da assembleia dos professores os setores de
oposição foram para uma reunião já convocada sobre a paridade, onde o DCE estaria
presente, e apresentaram o abaixo-assinado e reivindicaram a convocação de uma
assembleia. O DCE, em primeiro momento, disse que estava planejando convocar
para a sexta-feira dessa semana. Dissemos que essa postura seria a de quem não
quer que essa assembleia tivesse ampla participação. Sabemos que em dia de sexta-feira
a universidade é mais vazia e que pela importância dessa pauta seria
fundamental que essa atividade ocorresse na quinta. Depois de muito insistirmos
o DCE teve de abrir mão da sua proposta e acatar a exigência da oposição!
É importante
lembrar que a atual gestão do DCE quando eleita fazia o discurso de que iria
implantar um novo modelo de tirada de decisões a partir de um DCE
Parlamentarista onde todas as posições seriam todas de forma democrática pelo
CEB. Diante da postura de enrolar para convocar um fórum do movimento
estudantil, o DCE demonstra o quão distante está de efetivar essa proposta.
Mas é com muito orgulho que convocamos a
Assembleia Geral de estudantes:
Quinta-feira – 12H no CEUBINHO
|
Pauta:
1 – Informes;
2 – Greve Docente Nacional;
3 – Assistência Estudantil.
Construir a Greve Geral na UnB ! Por Um Comando de Mobilização Local Estudantil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário