terça-feira, 22 de maio de 2012

Quem tem medo da Assembleia Geral?



Quem Luta Não está Sozinha/o, essa greve eu apoio!

No último dia 18 desse mês foi aprovada greve docente na Universidade de Brasília, que iria começar a partir de segunda-feira. Essa decisão dos/as proferrores/as da UnB se soma a de docentes de mais 43 universidades em todo o país. Para o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, a força dos primeiros dias de paralisação “demonstra de forma contundente e inequívoca a indignação que tomou conta da categoria depois tantas tentativas de negociação com o governo sem resultados concretos. A precarização das condições de trabalho nas instituições federais de ensino vem se agravando dia a dia com falta de professores, de salas de aula, de laboratórios e até mesmo materiais básicos para funcionamento”.
 Em 2011, no ano passado, após a forte greve da FASUBRA que durou mais de 100 dias, o ANDES-SN fechou um acordo com o governo federal que incluía reestruturação da carreira docente, valorização do piso e incorporação das gratificações, o que ficou chamado de “Acordo 04/2011”. Como explicitava a ‘cláusula III’ do acordo, “a representação governamental adotará as providências necessárias para que os efeitos financeiros das medidas previstas nesta cláusula sejam implementados em março de 2012”. Já estamos em maio e o acordo foi descumprido.
Diante da ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a Medida Provisória 568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado (reajuste de 4%) e mais uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer contempla a principal reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente.
Há, no entanto, um elemento extremamente potencializador das revoltas entre os docentes e técnico-administrativos, que não se traduz exatamente por essas reivindicações. Nos últimos anos, acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades, e é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão desordenado e sem recursos promovidos pelo governo federal através do REUNI.  
Diante de tudo isso, em inúmeras universidades e cursos as/os estudantes estão declarando seu apoio à greve. Antes de qualquer coisa estão sendo chamadas assembleias gerais e assembleias de curso para discutir democraticamente os motivos dessa greve e qual deve ser o posicionamento do movimento estudantil. Entendemos que esse é o movimento mais natural a ser tomado pelas gestões de DCE e CAs. Na UnB já ocorreram assembleias de cursos, como a da comunicação que declarou apoio a greve, e outras já estão marcadas como a de estudantes de Letras e Serviço Social. Infelizmente até agora o DCE se negou a chamar uma assembleia Geral de Estudantes com o argumento de que a mesma seria esvaziada e isso não representaria o conjunto dos estudantes. Mas a gestão Aliança Pela Liberdade resolveu soltar uma nota onde critica a greve. Entendemos também que é um direito democrático da gestão se posicionar sobre todo e qualquer processo que ocorra nas universidades. Porém, a atitude da gestão não pode se limitar a isso.
É importante lembrar que a atual gestão do DCE quando eleita fazia o discurso de que iria implantar um novo modelo de tirada de decisões a partir de um DCE Parlamentarista onde todas as posições seriam todas de forma democrática pelo CEB. Diante da postura de não convocar um fórum do movimento estudantil, o DCE demonstra o quão distante está de efetivar essa proposta.


Nas redes sociais é crescente a insatisfação das/os estudante com essa postura da gestão Aliança Pela Liberdade. Reivindicamos assim a imediata convocação de uma assembleia Geral de estudantes ainda para essa semana. E dessa forma nos disponibilizamos a ajudar na construção/divulgação da mesma. Nessas últimas semanas nós vimos que o DCE sabe sim divulgar um evento, como ficou comprovado pela divulgação da calourada. Agora para divulgar uma assembleia só baste ter vontade política! 

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