Quem Luta Não está Sozinha/o, essa greve eu apoio!
No último dia 18 desse mês foi aprovada greve
docente na Universidade de Brasília, que iria começar a partir de
segunda-feira. Essa decisão dos/as proferrores/as da UnB se soma a de docentes
de mais 43 universidades em todo o país. Para o
Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, a força dos primeiros dias de
paralisação “demonstra de forma contundente e inequívoca a indignação que tomou
conta da categoria depois tantas tentativas de negociação com o governo sem
resultados concretos. A precarização das condições de trabalho nas instituições
federais de ensino vem se agravando dia a dia com falta de professores, de
salas de aula, de laboratórios e até mesmo materiais básicos para
funcionamento”.
Em 2011, no ano passado, após a forte greve
da FASUBRA que durou mais de 100 dias, o ANDES-SN fechou um acordo com o
governo federal que incluía reestruturação da carreira docente, valorização do
piso e incorporação das gratificações, o que ficou chamado de “Acordo 04/2011”.
Como explicitava a ‘cláusula III’ do acordo, “a representação governamental
adotará as providências necessárias para que os efeitos financeiros das medidas
previstas nesta cláusula sejam implementados em março de 2012”. Já
estamos em maio e o acordo foi descumprido.
Diante
da ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a Medida Provisória
568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado (reajuste de 4%) e mais
uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer contempla a principal
reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente.
Há, no entanto, um elemento extremamente
potencializador das revoltas entre os docentes e técnico-administrativos, que
não se traduz exatamente por essas reivindicações. Nos últimos anos,
acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades,
e é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão
desordenado e sem recursos promovidos pelo governo federal através do REUNI.
Diante de
tudo isso, em inúmeras universidades e cursos as/os estudantes estão declarando
seu apoio à greve. Antes de qualquer coisa estão sendo chamadas assembleias
gerais e assembleias de curso para discutir democraticamente os motivos dessa
greve e qual deve ser o posicionamento do movimento estudantil. Entendemos que
esse é o movimento mais natural a ser tomado pelas gestões de DCE e CAs. Na UnB
já ocorreram assembleias de cursos, como a da comunicação que declarou apoio a
greve, e outras já estão marcadas como a de estudantes de Letras e Serviço
Social. Infelizmente até agora o DCE se negou a chamar uma assembleia Geral de
Estudantes com o argumento de que a mesma seria esvaziada e isso não
representaria o conjunto dos estudantes. Mas a gestão Aliança Pela Liberdade
resolveu soltar uma nota onde critica a greve. Entendemos também que é um
direito democrático da gestão se posicionar sobre todo e qualquer processo que
ocorra nas universidades. Porém, a atitude da gestão não pode se limitar a
isso.
É
importante lembrar que a atual gestão do DCE quando eleita fazia o discurso de
que iria implantar um novo modelo de tirada de decisões a partir de um DCE
Parlamentarista onde todas as posições seriam todas de forma democrática pelo
CEB. Diante da postura de não convocar um fórum do movimento estudantil, o DCE
demonstra o quão distante está de efetivar essa proposta.
Nas redes
sociais é crescente a insatisfação das/os estudante com essa postura da gestão
Aliança Pela Liberdade. Reivindicamos assim a imediata convocação de uma
assembleia Geral de estudantes ainda para essa semana. E dessa forma nos
disponibilizamos a ajudar na construção/divulgação da mesma. Nessas últimas
semanas nós vimos que o DCE sabe sim divulgar um evento, como ficou comprovado
pela divulgação da calourada. Agora para divulgar uma assembleia só baste ter
vontade política!
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