terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Nota de apoio da ANEL DF à ocupação
“Novo Pinheirinho”


No dia 4 de janeiro de 2013, cerca de 300 famílias, numa ação pacífica organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), ocuparam um prédio no centro de Taguatinga, de propriedade do empresário Abdalla Jarjour, e abandonado há mais de 20 anos. Estas e muitas outras famílias de desalojados estão lutando pelo direito humano e constitucional à moradia, que vem sendo negado constantemente pelo governo Agnelo (PT).
No ano passado, estas mesmas famílias já haviam ocupado um terreno na Ceilândia, e de lá pra cá o GDF descumpriu todos os acordos feitos com os sem-teto para que eles desocupassem a terra. O governo Agnelo segue sem uma política satisfatória de assentamento e construção de casas populares para as famílias desabrigadas. Também continua conivente com a especulação imobiliária, que mantém boa parte dos imóveis desocupada (62.977, segundo o Censo 2010), enquanto o valor de compra e aluguel dos demais imóveis é altíssimo.
Mas o problema de moradia não acontece só em Brasília. O nome da ocupação, “Novo Pinheirinho”, retoma a ocupação histórica do “Pinheirinho”, em São José dos Campos - SP, que foi expulsa de forma extremamente violenta pela polícia, a mando do governo da cidade. Em todo o Brasil, o governo federal prefere gastar bilhões com a construção dos estádios da Copa do que prover um teto aos milhares de famílias desabrigadas. Enquanto isso, a especulação imobiliária e a política de higiene social estão empurrado os mais pobres para a periferia das grandes cidades.
Nós estudantes também somos muito atingidos por esta situação. Temos que morar cada vez mais longe dos nossas universidades, escolas e locais de trabalho. Perdemos horas de nossos dias no transporte público ineficiente do DF. Como se não bastasse, ainda comprometemos grande parte de nossa renda com aluguel.
É essencial que nós, estudantes da Universidade de Brasília, estejamos lado a lado com as famílias de trabalhadores que estão, com toda justiça do mundo, lutando por um direito que é seu: ter um teto para se poder viver.
Por isto, a ANEL DF declara seu total apoio à ocupação e convoca todxs a participarem do cine-debate sobre o “Novo Pinheirinho”, no dia 17.01 (quinta-feira), às 12h, no CEUBinho. Neste evento também recolheremos comida, água, brinquedos e roupas, para levar às famílias de sem-teto na ocupação.

Todo apoio à luta por moradia! Pinheirinho resiste e não será esquecido! Viva o “Novo Pinheirinho”!

Brasília, 14 de janeiro de 2013.
Comissão Executiva da ANEL – DF

domingo, 11 de novembro de 2012

Manifesto




            
       Decidimos mostrar a nossa cara! Em nossa última plenária, no dia 08/11/2012, fizemos uma discussão sobre a situação atual da UnB, em especial do movimento estudantil. Viemos compartilhar nossas reflexões iniciais e trazer esse acúmulo para discutir com o conjunto da esquerda, para a formulação de um programa unitário e consequente com as lutas do movimento estudantil.


          Não somos os estudantes que se conformam, mas somos aqueles que se indignam. Somos a galera que, apesar das dificuldades, acredita e se levanta. Vamos sempre exigir o direito a um futuro – a um futuro em que sambamos diferente. Temos consciência de que é possível mudar, mas que a mudança só virá com muita luta.
Viemos da luta do estudante de baixa renda pelo direito a assistência. Somos parte da luta do LGBT por igualdade e dignidade. Semeamos a luta da negra e do negro de poder entrar na universidade e lutaremos por uma universidade para todos os trabalhadores. Queremos uma universidade junto com os movimentos sociais e a serviço da transformação social.


Sonhamos sim, e sonhamos alto. E o movimento estudantil é quem sustenta nossas esperanças: decidimos sonhar e acordamos nessa batalha. Mas hoje somos capazes de perceber que, para seguir sonhando, temos que vencer aqueles que querem que não sonhemos.
Ao longo de sua bela história, o movimento estudantil da UnB sempre pode confiar em um grande apoiador de suas lutas, o DCE. Hoje não podemos mais contar com esse apoio. A atual gestão do DCE, Aliança pela Liberdade, não quer saber do movimento estudantil e seus sonhos. Quer um DCE sem política, que seja pragmático (e burocrático). Quer um DCE parlamentarista e sem lutas.
Mas a universidade mais uma vez mostrou a necessidade de lutar; e o movimento estudantil apontou o caminho. A gestão do DCE não queria a greve, mas foi obrigada a convocar uma assembleia por conta de um abaixo-assinado de 31 CAs. Deflagramos a greve estudantil na UnB com a presença de mais de seiscentos estudantes. Paralisamos as aulas e partimos pra luta. Defendemos a paridade, ocupamos a reitoria com a pauta da assistência, fizemos campanha pela creche universitária e grandes manifestações na esplanada! Atuamos em unidade com mais de quarenta universidades em greve estudantil, pelo Comando Nacional de Greve dos Estudantes. Avançamos na mobilização e na organização dos estudantes na UnB e em todo o país, com importantes vitórias.

    Os estudantes que lutam e nós do Coletivo Há Quem Sambe Diferente não nos intimidamos! Estamos aqui para mostrar que o estudante vai seguir sonhando, e que nós vamos seguir lutando. Mesmo sem o apoio do DCE, seguimos em defesa da educação pública, da paridade e da assistência. Fomos firmes no enfrentamento aos projetos do governo, que precarizam a universidade e tentam impor uma escolha aos estudantes: ou expansão, ou qualidade. Dissemos que queremos as duas! E fizemos a maior greve da história das federais, porque acreditamos nessa luta.
Entretanto, sabemos que se tivéssemos o apoio do DCE nossas lutas teriam sido mais fáceis e, provavelmente, nossas vitórias teriam sido maiores. O movimento estudantil da UnB precisa retomar a nossa entidade para as lutas do movimento estudantil. Temos certeza de que o primeiro passo para essa vitória se dá com muita unidade. E agora estamos confiantes para defender esse nosso programa forte e de luta, que vamos apresentar nas eleições do DCE. Forte, porque não o defenderemos sozinhos. Teremos agora um grande trunfo: A UNIDADE DA OPOSIÇÃO! A oposição daqueles que defendem um movimento estudantil ativo e com um programa questionador, crítico e político.
Lutamos por uma universidade que não seja só para uma elite rica e branca. Defendemos as cotas, a expansão e a democratização da universidade. Mas a reforma universitária do governo federal, via REUNI, zuou com as federais. Migalha não rola! Queremos que a educação seja prioridade, e não a construção de estádio pra Copa ou pagamento pra banqueiro de juros da dívida! Exigimos 10% do PIB pra educação pública já! Se não bastasse, o governo federal ainda cortou bilhões de reais da educação nos últimos anos...
A assistência estudantil não é caridade, é um direito! Exigimos que a universidade ofereça condições de permanência para os estudantes. Bolsa para todos que precisam! Queremos que as mães que engravidam não tenham que largar seu curso, por isso exigimos a construção de uma creche universitária na UnB. Um RU lotado e precarizado, enquanto se constrói um monte de lanchonetes: alimentação pra quem?! Mas sabemos que assistência não se faz sem verba, queremos R$ 2 bilhões para o PNAES!
Quando falta verba do governo federal, sobra exploração. As FINATECs da vida continuam surfando no discurso de serem a solução para a falta de recursos pra universidade, enquanto já são vários os professores da UnB que cobram por cursos que dão na universidade “pública”. A oposição quer uma universidade em que a produção de conhecimento esteja a serviço daqueles que trabalham e não daqueles que lucram! Educação não é mercadoria!
Mulheres também não são mercadorias! Uma universidade sem segurança e sem iluminação é condescendente com os casos de violência e estupro à mulher. A Polícia Militar não é solução para a segurança, muito pelo contrário, só reproduz o machismo, a violência e a opressão. Queremos um combate real às opressões a mulheres, negros e LGBTs na UnB!
Somos oposição também à falta de democracia na universidade! Paridade não é só em dia de festa pra eleger o reitor. Democracia na universidade é paridade nos conselhos e nos colegiados. Democracia é com congresso estatuinte paritário para decidir novos rumos para a universidade!
Reivindicamos também um congresso dos estudantes, como prevê o estatuto do DCE. O movimento estudantil precisa se aproximar dos estudantes! Precisamos discutir a falta de política para os estágios; a falta de laboratórios para as práticas; e também a bagunça na matrícula e a dificuldade dos estudantes pegarem as disciplinas de que precisam. Mas os estudantes também entendem que o espaço da universidade é espaço de convivência: festas e atividades culturais também fazem parte da vivência universitária!
Mas a universidade não é uma bolha. O movimento estudantil também precisa lutar contra a destruição das florestas e o extermínio dos Guaranis-Kaiowas. Vamos nos indignar com a violência policial e com a exclusão dos oprimidos. Estudante também luta por transporte. Também defende as famílias da desocupação forçada de suas casas. Também luta para que a mulher tenha direito sobre seu corpo e seu ventre; e que possa sair na rua usando a roupa que quiser. Sonhamos e lutamos por um mundo livre, justo e profundamente democrático, seja dentro ou fora da UnB.
Temos uma grande tarefa para essas eleições: recuperar o DCE para as lutas do movimento estudantil e de toda a juventude que sonha e quer lutar! Queremos um DCE que faça jus à história dos estudantes da UnB que foram perseguidos, torturados e mortos lutando pelos mesmos ideais que hoje nos orgulhamos em defender. Estamos diante de um grande passo, que é a UNIDADE da oposição de esquerda! Agora é hora de discutir com os colegas, fazer cartazes, passar em sala e convencer a toda UnB de que nossos sonhos não morreram e de que seguiremos lutando, sempre.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vamos Sambar Diferente?


Vamos Sambar Diferente?

As aulas do segundo semestre de 2012 estão começando em novembro. Será o fim do mundo?! Não, é o governo federal que não prioriza a educação e obrigou 58 das 59 universidades federais a fazerem uma greve de três meses. Depois de cinco anos de reforma universitária com as metas do REUNI, o resultado é a maior greve das últimas décadas. Mas por quê?
Com a reforma, a UnB duplicou o número de estudantes e teve um aumento de apenas 40% de professores e 30% em estrutura física, segundo dados da reitoria. Não é por menos que não conseguimos nos matricular nas disciplinas que queremos e que faltam salas e laboratórios para termos aula. A Faculdade da Ceilândia, depois de 5 anos de sua inauguração, ainda está instalada em um colégio, aguardando a construção do seu prédio próprio.
O mesmo governo que diz não ter dinheiro para a educação destina metade do orçamento federal para o pagamento aos banqueiros dos juros e amortizações da dívida pública, e dá bilhões às empreiteiras para construir estádios que depois da Copa não terão utilidade nenhuma. Não aceitamos isso; a educação precisa ser priorizada! Exigimos 10% do PIB para a educação pública já
Na UnB, a assistência estudantil está jogadas às traças: a fila do RU está cada vez maior; faltam bolsas para os estudantes de baixa renda; a reforma da Casa do Estudante não anda; e quem engravida tem que largar o curso, porque não temos creche universitária... Assistência de verdade não é caridade! Queremos R$2 bilhões para a assistência estudantil!

Sabemos que só na luta vamos conseguir impedir o avanço da precarização das universidades federais. O movimento estudantil precisa estar sempre ativo, forte e mobilizado. Mas hoje temos um grande problema na UnB: a atual gestão do DCE não tem como objetivo fortalecer o movimento estudantil.

Quando, ao longo da greve, os estudantes de todo o país estavam lutando por educação pública de qualidade, o DCE não esteve presente em nenhum ato; não participou das reuniões do Comando Local de Greve; não contribuiu financeiramente com o movimento; não convocou assembleias; não divulgou as pautas da greve; não informou os estudantes a respeito das mobilizações, das negociações e das nossas vitórias; enfim, o DCE não cumpriu seu papel de apoiar a luta dos estudantes.
 Nós do Coletivo Há Quem Sambe Diferente sabemos da importância do DCE - Honestino Guimarães para a mobilização dos estudantes da UnB. As eleições estão chegando e não podemos permitir que a formação de várias chapas possibilite novamente que a Aliança pela Liberdade se eleja para a gestão do DCE. O momento agora exige unidade! Vamos reunir nossas forças e apresentar uma alternativa unificada e forte para recuperar o DCE para as lutas nas próximas eleições!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Querem Apagar Nossa História


Eles (COC e chapa 86) Querem nos calar!
Democracia ameaçada na UnB!

Durante o primeiro dia de votação no 2º turno das eleições para reitor, a chapa 86 e a COC já mostram o perigo que corremos na UnB. Com um efetivo de cerca de 10 seguranças, cabos eleitorais da chapa 86 e representantes da COC o movimento estudantil independente foi mais uma vez cerceado no direito de se manifestar. PROIBIRAM A EXIBIÇÃO DOS VÍDEOS DA OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UnB que estávamos fazendo na entrada norte do ICC – CEUBinho. Sem diálogo prévio a COC chegou trazendo os seguranças patrimoniais da UnB e IMPEDIRAM A TRANSMISSÃO DOS VÍDEOS.

             A história nos da lições para que, no futuro, não cometamos os mesmos erros do passado. Sabendo disso, nós do Coletivo Há Quem Sambe Diferente achamos que esquecer os eventos que ocorreram na UnB em 2008 no contexto de eleições em que vivemos seria muito perigoso para a nossa comunidade. Para lembrar a todos da ocupação de reitoria por conta do quadro inaceitável de escândalos de corrupção que tomaram a nossa universidade, exibir os vídeos que foram feitos nesta ocupação seria importante para fomentar o debate e lembrar a tradição da UnB de lutar em defesa do caráter publico desta e contra todo tipo de corrupção. Esta atividade visava denunciar o papel que cumpriu o timothysmo na nossa universidade, fazendo com que a UnB deixasse de ocupar manchetes de jornais sobre sua excelência acadêmica e passasse às páginas policiais por conta de escândalos de corrupção.

A quem interessa apagar a historia de luta da UnB? Não e à toa que a chapa do Ivan Camargo se sinta ameaçada pela historia da ocupação da reitoria de 2008. Esse setor mostra que a ferramenta privilegiada não é o diálogo democrático, mas a força!

Repudiamos a ação da COC de impedir à força a livre manifestação de idéias e divulgação de opiniões. Não esquecemos que esse é o mesmo setor que lutou contra a paridade, para que as eleições ocorressem mesmo com a UnB vazia durante a greve e agora, mais uma vez, quer impedir a participação dos estudantes na discussão democrática sobre os rumos da universidade.

Voltamos a dizer que a UnB Não São Eles! Não deixaremos que apaguem a nossa historia! Não nos esquecemos das denuncias de corrupção e não vão nos calar!

 seguranças, COC e cabos eleitorais da chapa 86.                  Panfleto do coletivo!

Coletivo Há Quem Sambe Diferente

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A UnB Não São Eles!


      UnB NÃO SÃO ELES!

Com muita ousadia e irreverência a UnB foi criada em 1962. A grande capacidade de questionar era o principal título da universidade. Com o golpe militar de 1964 a nossa universidade passou a ser caracterizada como um foco de subversão e deveria ser reprimida. A ditadura invadiu, prendeu, torturou, expulsou e tentou sufocar o sonho que representava essa universidade. Mas não sabiam que era impossível sufocar os sonhos ou calar as vozes. A História da UnB é marcada pela resistência. Diante da ditadura a UnB se levantou, mostrou seus honestinos e foi à luta! A UnB fez barricadas para impedir o avanço dos caçadores da liberdade. Muito dos sonhos iniciais não se concretizaram e foram se perdendo ao longo dos anos. Mas a capacidade de sonhar e de subverter a ordem e a vontade de lutar junto aos movimentos sociais sempre esteve presente nos corredores e salas de aula dessa universidade.  
QUEM SÃO ELES?
                Mais tarde abafaram a produção acadêmica e, literalmente, tentaram jogar a história da UnB na lixeira. Infelizmente, dessa vez, o ataque não veio de fora, foi obra da própria administração superior da universidade na gestão do Thimoty, que já tinha participado da mesma gestão que o atual candidato Ivan Camargo. A UnB passou a ser investigada pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas da União passou a negar as contas da UnB. Dessa forma, ficaram conhecidas as denúncias de indícios de corrupção na universidade. A Operação Campus Limpo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para apurar denúncias de irregularidades, entre 2001 e 2005, no Cespe apontou que  Segundo o montante de gastos indevidos chegou a R$ 200 milhões. Mas foi a luta impulsionada pelos/as estudantes que foi capaz de derrotar esse setor que sugava a universidade por meio das fundações privadas. A ocupação da reitoria em 2008 foi fundamental para expulsar da reitoria a quadrilha que ali se formava. Cuidado, não vá cair no bico deles! Estão querendo voltar. A chapa 86, Ivan Camargo e Sônia Báo são legítimos representantes desse setor na UnB.
                Mais uma vez presenciamos esse mesmo setor em ação. O seu braço entre os/as professores/as é a gestão da ADUnB e no DCE, com a Aliança pela Liberdade. Diante da maior greve da educação da última década esse setor entre os professores e seus seguidores entre os estudantes fizeram de tudo para derrotar o movimento. Imediatamente tentaram impedir que ocorresse assembleia, travaram a discussão democrática, fizeram de tudo para esvaziar os espaços de organização e se enfrentaram com a luta pela qualidade da educação. Esse setor é o responsável: Golpes nas assembleias ou nem mesmo convoca-las! Manter as eleições para reitor/a com a universidade esvaziada tentando excluir a participação estudantil! Esse setor lutou para impedir que a paridade fosse aprovada!
A UnB NÃO SÃO ELES, MESMO...
                Eles são os/as que tentam saquear a universidade e impor a privatização. Eles querem sufocar quem resolve lutar pela universidade e contra a desigualdade social. Eles querem calar a democracia e impedir que avancemos. Eles querem acabar com os sonhos da universidade. A UnB é a história de luta contra a ditadura militar, as mobilizações em greves históricas, as grandes contribuições para combater os problemas sociais. Os/As estudantes que ocuparam a reitoria em 2008 e derrubaram o Thimotysmo, os/as que lutam contra a corrupção, os/as grevistas que lutaram contra a precarização via REUNI e que gritaram por 10% do PIB, os/as que dizem que estão sem campus e que vão à luta, os/as que não se põe à venda e que defendem o caráter público da universidade, são esses/as que representam a UnB. A UnB que somos é a UnB que luta!

                E A MÁRCIA ABRAHÃO?
Então, ex-decana de ensino de graduação da atual reitoria. Representa a continuidade da atual gestão. Dizer isso é o mesmo que dizer que é do grupo que foi incapaz de combater a direita Thimotysta e os/as que ela representava. Não zeramos a conta em que a atual gestão deixou de convocar o congresso estatuinte, uma de suas mais importantes propostas, abandonando o compromisso de democratizar radicalmente a universidade. Essa gestão também recredenciou as fundações privadas, esquecendo os escândalos de 2008 que tanto criticou. Não deram consequência aos processos contra os/as supostos/as envolvidos/as nos esquemas denunciado. Também foi a responsável pelo avanço da privatização por dentro da universidade e pela implantação do REUNI (que pasmem, é defendida com orgulho pela chapa 80). Como pode a profº Márcia Abrahão se orgulhar da situação dos novos campi e dos cursos recém abertos sem a mínima qualidade? Como pode se orgulhar das obras desse projeto que claramente são mal feitas? Orgulho de não ter professor/a suficiente, projeto político-pedagógico, laboratório e de a matrícula ser caótica? E aí Marcia Abrahão, tem orgulho do projeto do governo que foi um dos responsáveis pela maior greve da última década na educação?
                O resultado de sua gestão é que as condições de ensino e trabalho na instituição continuam a piorar e o grupo thimotysta, duramente golpeado pela ocupação da reitoria de 2008, se reconstruiu e pode  voltar à gestão da universidade. Mesmo assim, acreditamos que o momento agora é de derrotarmos a direita Thimotysmo nessas eleições. Somos a contracampanha do Thimotysmo da chapa 86!

POR UM NOVO ENREDO NO DCE - UnB
                Temos a convicção de que as lutas e conquistas do movimento estudantil desde o inicio desta universidade não se perdem nas páginas da história. Temos claro que os rumos tomados tanto pela gestão anterior como a atual do DCE envergonham e mancham a historia de luta de milhares de estudantes que juntos lutaram e morreram em prol de democracia no Brasil. Queremos um DCE combativo, em defesa da educação e permanência na universidade, que desperte a consciência critica dos estudantes, que elitiza cada vez mais a universidade. Queremos um DCE que esteja com todos os estudantes, que os defenda e os represente de fato em todos os espaços da UNB.

domingo, 19 de agosto de 2012

Direita Golpista do PCdoB comemora fim da greve na UnB com o presidente da UNE!

Olhem que bizarro! Professor do PROIFES comemorando o golpe da última assembleia dos professores! Esse professor é do PCdoB. Veja como ele chama o atual presidente da UNE para uma conversa. Não tenho medo de arriscar que seria para passar a
s boas para a UNE: a greve foi golpeada! Isso é um absurdo! E vale lembrar que o candidato do PCdoB à reitor está aí andando tranquilamente pelos corredores da UnB e ainda pedindo votos aos estudantes. Volnei Garrafa=Timothysta!






Estudantes dizem: A Greve Continua... Não Ao Golpe !


Tod@s à Assembleia Geral de Estudantes!
Terça-Feira 9h No Teatro de Arena.



Ao final do dia 17 desse mês, estudantes, professores/as e servidores/as diziam: não ao golpe. No dia em que se completavam 3 meses em que a greve tinha sido aprovada pelos/as professores/as na UnB, a diretoria da ADUnB decide manobrar mais uma vez e, por 15 votos de diferença, impuseram o fim da greve docente na Universidade de Brasília. A assembleia foi convocada em caráter extraordinário e com pauta única para deliberar sobre o adiamento das eleições. Durante a assembleia a pauta foi alterada e esta teria de deliberar sobre a continuidade ou não da greve docente. Claramente dividida, de um lado os professores historicamente ligados ao grupo mais conservador da universidade, conhecido como Timotista, que se refere ao ex-reitor Timothy Mouholand, conhecido nacionalmente pelos escândalos de corrupção que culminaram com a sua saída do cargo em 2008, após a pressão estudantil causada com a ocupação da reitoria. Por outro lado estavam os professores do Comando Local de Greve e demais docente que estiveram à frente das mobilizações e da greve de conjunto na universidade. Em uma votação de 130 contra 115 a greve docente é encerrada na UnB.
  
Nas redes sociais o clima é de intenso descontentamento com a diretoria da ADUnB e o sentimento de retomada da greve cresce entre os/as estudantes. Esse não é mais que um reflexo da força política que tem a maior greve da educação dos últimos 10 anos que se enfrenta com a política do Governo Dilma e faz uma dura avaliação da implantação do REUNI nas universidades. É indiscutível que essa greve já traz lições históricas para o movimento sindical e de juventude do nosso país. Por força do movimento o governo teve de negociar com as categorias, teve de apresentar propostas e reconhecer a greve estudantil. Durante os 90 dias de greve nacional da educação o tom foi de intensas mobilizações e momentos históricos sendo vivenciados nas universidades. As direções governistas tiveram de se render a força da greve. Foi assim com o PROIFES, que está com os dias contados tendo sido rechaçado em diversas universidades. Mas foi assim também com a UNE. A União Nacional dos Estudantes não esteve nessa greve. Essa entidade mostrou que está morta para a luta e organização dos/as estudantes. Em todo o país a UNE se apresenta mais como um ministério estudantil do governo.
 Na UnB, desde os primeiros momentos da greve, tanto os/as estudantes quanto os/as professores/as tiveram de se enfrentar também contra suas direções de direita. No caso da ADUnB foram inúmeras as manobras e tentativas de golpe. O DCE – Aliança Pela Liberdade não fez diferente. No início não queriam convocar assembleia geral para discutir a situação e foram obrigados a fazê-lo pela força da oposição que passou um abaixo-assinado entre os CAS e também pela greve que já estava sendo decretada nas faculdades e cursos, como é o caso da FS e da FEF. Depois os membros da Aliança começaram a fazer uma campanha contra a greve com o patético movimento intitulado como “Estudaço”. Esse consistia em um estudante sentado em uma carteira lendo um livro no meio do CEUBinho, não sabemos se por vergonha ou falta de disposição eles acabaram por desistir. Agora o DCE, diante desse golpe anti-sindical, declara aos jornais que reconhece a votação da assembleia docente na contramão do sentimento do conjunto dos estudantes. Os professore já preparam uma resposta. Está sendo autoconvocada uma assembleia geral da categoria para essa próxima terça-feira. Essa pode ser conhecida como a retomada da greve. Mas não para por aí, também já foi iniciado um movimento pela destituição da diretoria da ADUnB. Essa será uma semana intensa na UnB. Por outro lado, o evento “A Greve Continua” no facebook com cerca de 1800 estudantes confirmados já denuncia o nível de disposição do movimento estudantil.
 É hora de derrotarmos a direita golpista e retomarmos a greve! A greve estudantil deve seguir se desenvolvendo tendo atividades na universidade. Na próxima sexta-feira o Comando Nacional de Greve Estudantil terá uma negociação com o Ministério da Educação. Seguimos as negociações com a reitoria sobre a pauta da assistência estudantil e sobre o pedido de creche pública universitária. O movimento estudantil deve ir rumo às vitórias dessa greve. Não estamos nessa pra nadar, nadar e morrer na praia. Os estudantes declaram que não jogarão 3 meses de greve na lata do lixo.
Também dissemos que não iremos aceitar que esse grupo golpista do timotismo volte a sentar na cadeira da reitoria ao mesmo tempo em que declaramos que também não queremos que a mesma política aplicada nos últimos 4 anos siga na universidade. Queremos mobilizar a UnB para que possamos conquistar uma universidade de qualidade, democrática, para os trabalhadores e livre!

            Apoiar a retomada da greve entre os professores!
Fortalecer a oposição ao DCE – Aliança Pela Liberdade! Unificar a oposição de esquerda! Diferentes sim, divididos jamais!