segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A UnB Não São Eles!


      UnB NÃO SÃO ELES!

Com muita ousadia e irreverência a UnB foi criada em 1962. A grande capacidade de questionar era o principal título da universidade. Com o golpe militar de 1964 a nossa universidade passou a ser caracterizada como um foco de subversão e deveria ser reprimida. A ditadura invadiu, prendeu, torturou, expulsou e tentou sufocar o sonho que representava essa universidade. Mas não sabiam que era impossível sufocar os sonhos ou calar as vozes. A História da UnB é marcada pela resistência. Diante da ditadura a UnB se levantou, mostrou seus honestinos e foi à luta! A UnB fez barricadas para impedir o avanço dos caçadores da liberdade. Muito dos sonhos iniciais não se concretizaram e foram se perdendo ao longo dos anos. Mas a capacidade de sonhar e de subverter a ordem e a vontade de lutar junto aos movimentos sociais sempre esteve presente nos corredores e salas de aula dessa universidade.  
QUEM SÃO ELES?
                Mais tarde abafaram a produção acadêmica e, literalmente, tentaram jogar a história da UnB na lixeira. Infelizmente, dessa vez, o ataque não veio de fora, foi obra da própria administração superior da universidade na gestão do Thimoty, que já tinha participado da mesma gestão que o atual candidato Ivan Camargo. A UnB passou a ser investigada pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas da União passou a negar as contas da UnB. Dessa forma, ficaram conhecidas as denúncias de indícios de corrupção na universidade. A Operação Campus Limpo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para apurar denúncias de irregularidades, entre 2001 e 2005, no Cespe apontou que  Segundo o montante de gastos indevidos chegou a R$ 200 milhões. Mas foi a luta impulsionada pelos/as estudantes que foi capaz de derrotar esse setor que sugava a universidade por meio das fundações privadas. A ocupação da reitoria em 2008 foi fundamental para expulsar da reitoria a quadrilha que ali se formava. Cuidado, não vá cair no bico deles! Estão querendo voltar. A chapa 86, Ivan Camargo e Sônia Báo são legítimos representantes desse setor na UnB.
                Mais uma vez presenciamos esse mesmo setor em ação. O seu braço entre os/as professores/as é a gestão da ADUnB e no DCE, com a Aliança pela Liberdade. Diante da maior greve da educação da última década esse setor entre os professores e seus seguidores entre os estudantes fizeram de tudo para derrotar o movimento. Imediatamente tentaram impedir que ocorresse assembleia, travaram a discussão democrática, fizeram de tudo para esvaziar os espaços de organização e se enfrentaram com a luta pela qualidade da educação. Esse setor é o responsável: Golpes nas assembleias ou nem mesmo convoca-las! Manter as eleições para reitor/a com a universidade esvaziada tentando excluir a participação estudantil! Esse setor lutou para impedir que a paridade fosse aprovada!
A UnB NÃO SÃO ELES, MESMO...
                Eles são os/as que tentam saquear a universidade e impor a privatização. Eles querem sufocar quem resolve lutar pela universidade e contra a desigualdade social. Eles querem calar a democracia e impedir que avancemos. Eles querem acabar com os sonhos da universidade. A UnB é a história de luta contra a ditadura militar, as mobilizações em greves históricas, as grandes contribuições para combater os problemas sociais. Os/As estudantes que ocuparam a reitoria em 2008 e derrubaram o Thimotysmo, os/as que lutam contra a corrupção, os/as grevistas que lutaram contra a precarização via REUNI e que gritaram por 10% do PIB, os/as que dizem que estão sem campus e que vão à luta, os/as que não se põe à venda e que defendem o caráter público da universidade, são esses/as que representam a UnB. A UnB que somos é a UnB que luta!

                E A MÁRCIA ABRAHÃO?
Então, ex-decana de ensino de graduação da atual reitoria. Representa a continuidade da atual gestão. Dizer isso é o mesmo que dizer que é do grupo que foi incapaz de combater a direita Thimotysta e os/as que ela representava. Não zeramos a conta em que a atual gestão deixou de convocar o congresso estatuinte, uma de suas mais importantes propostas, abandonando o compromisso de democratizar radicalmente a universidade. Essa gestão também recredenciou as fundações privadas, esquecendo os escândalos de 2008 que tanto criticou. Não deram consequência aos processos contra os/as supostos/as envolvidos/as nos esquemas denunciado. Também foi a responsável pelo avanço da privatização por dentro da universidade e pela implantação do REUNI (que pasmem, é defendida com orgulho pela chapa 80). Como pode a profº Márcia Abrahão se orgulhar da situação dos novos campi e dos cursos recém abertos sem a mínima qualidade? Como pode se orgulhar das obras desse projeto que claramente são mal feitas? Orgulho de não ter professor/a suficiente, projeto político-pedagógico, laboratório e de a matrícula ser caótica? E aí Marcia Abrahão, tem orgulho do projeto do governo que foi um dos responsáveis pela maior greve da última década na educação?
                O resultado de sua gestão é que as condições de ensino e trabalho na instituição continuam a piorar e o grupo thimotysta, duramente golpeado pela ocupação da reitoria de 2008, se reconstruiu e pode  voltar à gestão da universidade. Mesmo assim, acreditamos que o momento agora é de derrotarmos a direita Thimotysmo nessas eleições. Somos a contracampanha do Thimotysmo da chapa 86!

POR UM NOVO ENREDO NO DCE - UnB
                Temos a convicção de que as lutas e conquistas do movimento estudantil desde o inicio desta universidade não se perdem nas páginas da história. Temos claro que os rumos tomados tanto pela gestão anterior como a atual do DCE envergonham e mancham a historia de luta de milhares de estudantes que juntos lutaram e morreram em prol de democracia no Brasil. Queremos um DCE combativo, em defesa da educação e permanência na universidade, que desperte a consciência critica dos estudantes, que elitiza cada vez mais a universidade. Queremos um DCE que esteja com todos os estudantes, que os defenda e os represente de fato em todos os espaços da UNB.

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