UnB NÃO SÃO ELES!
Com muita ousadia e
irreverência a UnB foi criada em 1962. A grande capacidade de questionar era o
principal título da universidade. Com o golpe militar de 1964 a nossa universidade
passou a ser caracterizada como um foco de subversão e deveria ser reprimida. A
ditadura invadiu, prendeu, torturou, expulsou e tentou sufocar o sonho que
representava essa universidade. Mas não sabiam que era impossível sufocar os
sonhos ou calar as vozes. A História da UnB é marcada pela resistência. Diante
da ditadura a UnB se levantou, mostrou seus honestinos e foi à luta! A UnB fez
barricadas para impedir o avanço dos caçadores da liberdade. Muito dos sonhos
iniciais não se concretizaram e foram se perdendo ao longo dos anos. Mas a
capacidade de sonhar e de subverter a ordem e a vontade de lutar junto aos
movimentos sociais sempre esteve presente nos corredores e salas de aula dessa
universidade.
QUEM SÃO ELES?
Mais tarde abafaram a produção
acadêmica e, literalmente, tentaram jogar a história da UnB na lixeira.
Infelizmente, dessa vez, o ataque não veio de fora, foi obra da própria
administração superior da universidade na gestão do Thimoty, que já tinha
participado da mesma gestão que o atual candidato Ivan Camargo. A UnB passou a
ser investigada pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas da União passou
a negar as contas da UnB. Dessa forma, ficaram conhecidas as denúncias de
indícios de corrupção na universidade. A Operação Campus Limpo,
deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para apurar denúncias
de irregularidades, entre 2001 e 2005, no Cespe apontou que Segundo o montante de gastos indevidos chegou
a R$ 200 milhões. Mas foi a luta impulsionada pelos/as estudantes que foi
capaz de derrotar esse setor que sugava a universidade por meio das fundações
privadas. A ocupação da reitoria em 2008 foi fundamental para expulsar da
reitoria a quadrilha que ali se formava. Cuidado, não vá cair no bico deles! Estão
querendo voltar. A chapa 86, Ivan Camargo e Sônia Báo são legítimos
representantes desse setor na UnB.
Mais uma vez presenciamos esse mesmo
setor em ação. O seu braço entre os/as professores/as é a gestão da ADUnB e no
DCE, com a Aliança pela Liberdade. Diante da maior greve da educação da última
década esse setor entre os professores e seus seguidores entre os estudantes
fizeram de tudo para derrotar o movimento. Imediatamente tentaram impedir que
ocorresse assembleia, travaram a discussão democrática, fizeram de tudo para
esvaziar os espaços de organização e se enfrentaram com a luta pela qualidade
da educação. Esse setor é o responsável: Golpes nas assembleias ou nem mesmo
convoca-las! Manter as eleições para reitor/a com a universidade esvaziada
tentando excluir a participação estudantil! Esse setor lutou para impedir que a
paridade fosse aprovada!
A
UnB NÃO SÃO ELES, MESMO...
Eles são os/as que
tentam saquear a universidade e impor a privatização. Eles querem
sufocar quem resolve lutar pela universidade e contra a desigualdade social. Eles
querem calar a democracia e impedir que avancemos. Eles querem
acabar com os sonhos da universidade. A UnB é a história de luta contra a
ditadura militar, as mobilizações em greves históricas, as grandes
contribuições para combater os problemas sociais. Os/As estudantes que ocuparam
a reitoria em 2008 e derrubaram o Thimotysmo, os/as que lutam contra a
corrupção, os/as grevistas que lutaram contra a precarização via REUNI e que
gritaram por 10% do PIB, os/as que dizem que estão sem campus e que vão à luta,
os/as que não se põe à venda e que defendem o caráter público da universidade,
são esses/as que representam a UnB. A UnB que somos é a UnB que luta!
E A MÁRCIA ABRAHÃO?
Então, ex-decana de ensino de graduação da atual reitoria. Representa a
continuidade da atual gestão. Dizer isso é o mesmo que dizer que é do grupo que
foi incapaz de combater a direita Thimotysta e os/as que ela representava. Não
zeramos a conta em que a atual gestão deixou de convocar o congresso
estatuinte, uma de suas mais importantes propostas, abandonando o compromisso
de democratizar radicalmente a universidade. Essa gestão também recredenciou as
fundações privadas, esquecendo os escândalos de 2008 que tanto criticou. Não
deram consequência aos processos contra os/as supostos/as envolvidos/as nos
esquemas denunciado. Também foi a responsável pelo avanço da privatização por
dentro da universidade e pela implantação do REUNI (que pasmem, é defendida com
orgulho pela chapa 80). Como pode a profº Márcia Abrahão se orgulhar da situação dos novos campi e
dos cursos recém abertos sem a mínima qualidade? Como pode se orgulhar das
obras desse projeto que claramente são mal feitas? Orgulho de não ter
professor/a suficiente, projeto político-pedagógico, laboratório e de a
matrícula ser caótica? E aí Marcia Abrahão, tem orgulho do projeto do governo que foi um dos
responsáveis pela maior greve da última década na educação?
O resultado de sua gestão é que
as condições de ensino e trabalho na instituição continuam a piorar e o grupo
thimotysta, duramente golpeado pela ocupação da reitoria de 2008, se
reconstruiu e pode voltar à gestão da
universidade. Mesmo assim, acreditamos que o momento agora é de
derrotarmos a direita Thimotysmo nessas eleições. Somos
a contracampanha do Thimotysmo da chapa 86!
POR UM NOVO ENREDO NO
DCE - UnB
Temos
a convicção de que as lutas e conquistas do movimento estudantil desde o inicio
desta universidade não se perdem nas páginas da história. Temos claro que os
rumos tomados tanto pela gestão anterior como a atual do DCE envergonham e
mancham a historia de luta de milhares de estudantes que juntos lutaram e
morreram em prol de democracia no Brasil. Queremos um DCE combativo, em defesa
da educação e permanência na universidade, que desperte a consciência critica
dos estudantes, que elitiza cada vez mais a universidade. Queremos um DCE que
esteja com todos os estudantes, que os defenda e os represente de fato em todos
os espaços da UNB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário