Vamos Sambar Diferente?
As aulas do segundo semestre de 2012 estão
começando em novembro. Será o fim do mundo?! Não, é o governo federal que não
prioriza a educação e obrigou 58 das 59 universidades federais a fazerem uma
greve de três meses. Depois de cinco anos de reforma universitária com as metas
do REUNI, o resultado é a maior greve das últimas décadas. Mas por quê?
Com a reforma, a UnB duplicou o número de
estudantes e teve um aumento de apenas 40% de professores e 30% em estrutura
física, segundo dados da reitoria. Não é por menos que não conseguimos nos
matricular nas disciplinas que queremos e que faltam salas e laboratórios para
termos aula. A Faculdade da Ceilândia, depois de 5 anos de sua inauguração,
ainda está instalada em um colégio, aguardando a construção do seu prédio
próprio.
O mesmo governo que diz não ter dinheiro para a
educação destina metade do orçamento federal para o pagamento aos banqueiros
dos juros e amortizações da dívida pública, e dá bilhões às empreiteiras para
construir estádios que depois da Copa não terão utilidade nenhuma. Não
aceitamos isso; a educação precisa ser priorizada! Exigimos 10% do PIB para a educação pública já
Na UnB, a assistência estudantil está jogadas
às traças: a fila do RU está cada vez maior; faltam bolsas para os estudantes
de baixa renda; a reforma da Casa do Estudante não anda; e quem engravida tem
que largar o curso, porque não temos creche universitária... Assistência de verdade não é caridade!
Queremos R$2 bilhões para a assistência estudantil!
Sabemos que só na luta vamos conseguir
impedir o avanço da precarização das universidades federais. O movimento
estudantil precisa estar sempre ativo, forte e mobilizado. Mas hoje temos um
grande problema na UnB: a atual gestão do DCE não tem como objetivo fortalecer
o movimento estudantil.
Quando, ao longo da greve, os estudantes de
todo o país estavam lutando por educação pública de qualidade, o DCE não esteve
presente em nenhum ato; não participou das reuniões do Comando Local de Greve;
não contribuiu financeiramente com o movimento; não convocou assembleias; não
divulgou as pautas da greve; não informou os estudantes a respeito das
mobilizações, das negociações e das nossas vitórias; enfim, o DCE não cumpriu
seu papel de apoiar a luta dos estudantes.
Nós do
Coletivo Há Quem Sambe Diferente sabemos da importância do DCE - Honestino
Guimarães para a mobilização dos estudantes da UnB. As eleições estão chegando
e não podemos permitir que a formação de várias chapas possibilite novamente
que a Aliança pela Liberdade se eleja para a gestão do DCE. O momento agora
exige unidade! Vamos reunir nossas forças e apresentar uma alternativa
unificada e forte para recuperar o DCE para as lutas nas próximas eleições!
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